Com o restabelecimento das eleições diretas para os governos estaduais, em 1982, em Santa Catarina tivemos a eleição de Esperidião Amin, que não fez o sucessor. O eleito foi Pedro Ivo Campos, que não completou o mandato.
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Diante do seu falecimento, Casildo Maldaner, que era o vice, concluiu o que faltava daquele período. Na sequência, Vilson Kleinübing elegeu-se governador, mas, igualmente, não emplacou o sucessor. Chegou a vez de Paulo Afonso Vieira, o primeiro a tentar a reeleição, até porque inexistia esta possibilidade.
Mas, diante do episódio dos Precatórios, o emedebista foi atropelado por Esperidião Amin, que retornou ao poder. Em 2002, o progressista buscaria o seu terceiro mandato, mas acabou surpreendido por Luiz Henrique da Silveira, que depois se reelegeu. E fez de Raimundo Colombo o seu sucessor. LHS foi o primeiro a conseguir a façanha de eleger o substituto direto.
Perda
Quando Raimundo Colombo foi reeleito, logo na sequência, Luiz Henrique da Silveira partiu. Raimundo Colombo caiu em desgraça, assim como havia acontecido com Paulo Afonso Vieira. Nesse momento, chegamos em 2018.
Sumiço
Os três principais candidatos desapareceram do mapa político de Santa Catarina. Carlos Moisés foi eleito exclusivamente pela onda bolsonarista. Sequer foi para o segundo turno em 2022.
JBS e BRDE
Gelson Merisio, que o enfrentou na grande final de 2018, também entrou num ostracismo político completo. A exemplo de Mauro Mariani, que agora voltou, nomeado por Jorginho Mello, como diretor do BRDE. A coluna faz essa digressão justamente com o objetivo de mostrar como tem sido dinâmica a política em Santa Catarina.
Atualidade
Hoje, Jorginho Mello é o governador graças à sua eleição ao Senado em 2018 e ao fato de Jair Bolsonaro se filiar ao PL. Esperidião Amin foi outro senador eleito em 2018 e que se credencia para um novo mandato em 2026. Tanto Jorginho quanto Amin poderão concorrer à reeleição.
Façanha
Esperidião Amin, uma vez reeleito, se transformaria no primeiro senador da história de Santa Catarina a ser reconduzido ao cargo. Lá em 2026, além de Jorginho Mello, quais são as opções? João Rodrigues, do PSD, Adriano Silva, do Novo, que se for reeleito em Joinville deverá renunciar visando a disputa estadual. O PT virá pela terceira vez com Décio Lima ao governo?
Periféricos
PSDB, União Brasil e o PP, são partidos que não têm a menor condição de lançar candidato próprio. E o MDB, ainda a maior legenda de Santa Catarina, só dispõe de um único nome, o do ex-prefeito reeleito de Jaraguá do Sul, hoje deputado estadual, o terceiro mais votado de Santa Catarina, Antídio Lunelli.
Na trave
Ele, aliás, tentou uma candidatura pelo MDB ao governo em 2022, mas acabou derrotado internamente, com a ala vencedora indicando o vice de Carlos Moisés.
Esse é um breve resumo do retrato político-eleitoral de Santa Catarina de 1982 pra cá.
Blog do Prisco
Começou no jornalismo em 1980, no jornal O Estado. Atuou em diversos veículos de comunicação: repórter no Jornal de Santa Catarina, colunista no Jornal A Notícia e comentarista na RBS TV, TV RECORD, Itapema FM, CBN Diário e Radio Eldorado. Comenta diariamente em algumas rádios e publica sua coluna do dia em alguns jornais do Estado. Estreou em março de 2015, nas redes sociais e está no ar com o Blog do Prisco.
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