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O desafio invisível da pobreza nas cidades

Ações que antes se limitavam ao apelo à população para que não fosse doada esmola, atualmente, parece surgir uma nova era

Por Redação
14/05/2025 - 13h14

No passado, as ruas que tinham sérios problemas de habitantes em vulnerabilidade social se restringiam aos grandes centros, porém, nos dias atuais, a realidade passou a ser bem diferente.

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Este problema que afeta milhões de pessoas ao redor do mundo, não é apenas uma questão de visibilidade, mas há uma grande diferença entre falta de oportunidade e objetividade.

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É evidente que cada morador de rua carrega uma história – um contexto que contribuiu para que viesse a viver em exclusão social. Abandono, tragédias pessoais ou o uso de entorpecentes são alguns desses reflexos.

O número de pessoas que vivem nas ruas tem crescido de forma alarmante nas últimas décadas. Em Tubarão, essa realidade nos últimos anos gera diversos debates, mas a verdade é que pouco até aqui tem sido feito para mitigar o problema e dar uma luz no fim do túnel para essas pessoas.

Contudo, é visível, a partir de 2025, um novo direcionamento ao problema. Ações que antes se limitavam ao apelo à população para que não fosse doada esmola, atualmente, parece surgir uma nova era.

O atual governo municipal tem implementado prioridades em relação ao problema. Há uma nitidez em programas de maior volume, que não se limitam apenas a transferir a responsabilidade a doações em semáforos.

A Secretaria de Assistência Social tem sido mais exigente e mais eficiente. Duas frentes, que antes estavam estagnadas, têm agido pontualmente – o Setor de Atendimento à População em Situação de Rua (POP) e o Centro de Atenção Psicossocial (Caps) têm saído às ruas e obtido importantes resultados.

Não podemos cometer a injustiça de não mencionar a Secretaria de Saúde, que integra ao programa profissionais especializados e a Forças-tarefa com as autoridades de segurança pública, que incluem as polícias Militar e Municipal, além da Polícia Rodoviária Federal – porque essa população também habita em viadutos de acesso ao município. 

Os moradores de rua muitas vezes são tratados como invisíveis pelas autoridades e pela sociedade em geral. Entretanto, abordagens e atendimentos geram uma nova expectativa para eles e para a população como um todo.

Se a tese de que o problema das ruas, em Tubarão, não será resolvido até que eles não sejam vistos, ouvidos e tratados como seres humanos com direito à cidade, à comida, a uma cama para dormir ou ao trabalho, o poder público municipal tem combatido isso dia a dia.

O caminho para uma cidade mais solidária passa pela compreensão e pelo compromisso com a dignidade de todos, sem exceção.

Por Fabiano Luiz Bordignon - jornalista e editor-chefe da Revista Única

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