A irregularidade é investigada na contratação de empresa que fornecia saibro para a prefeitura de Imbituba
Mandados de prisão preventiva e de busca e apreensão são cumpridos nesta manhã de quarta-feira, 08 de janeiro, em Imbituba, Imaruí e Garopaba
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A "Operação Castelo de Barro" foi deflagrada após apuração sobre supostos crimes na execução de licitações, praticados por empresários em conluio com funcionários públicos lotados na prefeitura de Imbituba.
Em outubro de 2024, a Polícia Civil observou movimentações atípicas na aquisição de saibro pelo município de Imbituba. A quantidade adquirida do material era imensamente superior aos anos anteriores, sem que houvesse qualquer justificativa plausível.
O município de Imbituba realizou um processo licitatório para aquisição do material, cuja empresa vencedora ficaria responsável pelo fornecimento de saibro durante o prazo de um ano. A contratação da entidade, cuja sede fica em Imaruí, ocorreu em junho de 2024. Segundo a polícia, a instituição entregava em média 3 cargas para cada 10 que faturava e recebia dos cofres públicos.
De acordo com a polícia, cargas de saibro eram desviadas para endereços particulares e empresas nas cidades de Imbituba, Imaruí e Garopaba, e obras públicas em Imaruí. Foi determinado o bloqueio de R$1,05 milhão, valor aproximado dos desvios apurados nesta investigação até este momento, e o afastamento de um funcionário público, responsável pela fiscalização e que autorizou o pagamento de toda a quantidade de saibro desviada no período.
Os dois mandados de prisão foram cumpridos em Garopaba, no Centro, onde o casal proprietário da empresa investigada reside. Já os mandados de buscas e apreensão foram cumpridos em Imbituba (nos bairros Centro, Vila Nova Alvorada e Lagoa do Quintino), e em Imaruí, no bairro de Cangueri de Fora, na sede da empresa e na residência de outro empresário ligado ao caso.