O assunto foi discutido na Alesc nesta quarta, 01
A atualização do projeto de redragagem do Rio Tubarão deve ser feita pela mesma empresa responsável pela elaboração do documento em 2013, a Prosul.
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A recomendação será feita ao governo de Santa Catarina pelos deputados estaduais da Bancada do Sul, após diversas explicações sobre o tema durante reunião na Assembleia Legislativa nesta quarta-feira, 1º de novembro, com a presença de vários representantes de entidades e do poder público de Tubarão e região.
A decisão é justificada pelo fato de a execução do trabalho ser mais rápida e o custo menor se for feita por uma empresa que já conhece o projeto. Aliás, o valor da atualização será bem mais alto que o previsto até então. Conforme orçamento feito pela Secretaria de Estado de Infraestrutura de Mobilidade, a revisão custará cerca de R$ 3,8 milhões – não R$ 550 mil, como se estimava.
Uma reunião com o governador Jorginho Mello será agendada para os próximos dias pela Casa Civil para que os deputados possam pedir formalmente autorização para a contratação. A previsão da equipe de infraestrutura é que o processo licitatório e a ordem de serviço possam levar de 90 a 100 dias, e a atualização do documento aproximadamente 240 dias.
“Que possamos cumprir os prazos estabelecidos nesta reunião de hoje. Os recursos para a redragagem poderão vir inclusive do exterior. E, se não estivermos com o dever de casa feito, na hora que o recurso chegar isso vai passar na nossa frente. Estou apostando muito que os bancos internacionais injetarão recursos na obra”, destaca o deputado Pepê Collaço (Progressistas), líder da Bancada do Sul.
“Enquanto secretaria, temos que dar celeridade. Temos que ter esse projeto atualizado o mais rápido possível. Me coloco à disposição para acelerar. Se não plantarmos agora, não vamos colher no futuro”, avalia o secretário de Estado de Infraestrutura, Jerry Comper. “Coloco essa demanda de Tubarão como uma das mais importantes do estado. A maior tragédia que tivemos em Santa Catarina foi a enchente de 1974 em Tubarão, com 199 mortes. A redragagem é prevenção e mitigação”, acrescenta o secretário de estado da Proteção e Defesa Civil, coronel Luiz Armando Schroeder Reis.
A redragagem é projetada para um trecho de 27 quilômetros, da ponta dos Molhes de Laguna até a ponte férrea, em Capivari de Baixo. O Comitê da Bacia do rio Tubarão estima que cerca de 35% da calha do rio está comprometida, o que reduz significativamente a capacidade de escoamento.
O aprofundamento do calado do Porto de Laguna, com a demolição de três grandes rochas, é avaliado também como necessário em paralelo ao desassoreamento. A Secretaria de Estado de Portos, Aeroportos e Rodovias já finalizou o termo de referência para a contratação da elaboração do projeto, orçada em cerca de R$ 5 milhões.