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Senai e governo de SC iniciam integração de nanossatélite ao agro

Os nanossatélites permanecem em uma órbita de 600 quilômetros do solo terrestre

Por Redação
14/03/2024 - 17h31.Atualizada em 14/03/2024 - 16h34
Especialistas discutiram as opções de uso dos dispositivos espaciais para melhorar a produção agrícola - Foto: Ivonei Fazzioni

As possibilidades são incontáveis: agricultura de precisão, clima, monitoramento de tempestades, meio ambiente, saúde, indústria 4.0, energia, mídia, educação, aviação, cidades inteligentes.

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Qualquer um desses e outros segmentos podem ser beneficiados pelos nanossatélites da Constelação Catarina, que estão sendo construídos pelo Instituto SENAI de Inovação em Sistemas Embarcados e pela Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC).

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Na última quarta-feira, 13 de março, técnicos do Senai e da Secretaria da Agricultura do Estado, Epagri, Ciram e Cidasc iniciaram, no Instituto Senai, em Florianópolis, a identificação de possíveis aplicações dos dispositivos espaciais no âmbito da agricultura e clima. Nova reunião foi marcada para abril.

O pesquisador-chefe do Instituto, Paulo Violada, explicou que a proposta do Constelação Catarina foi uma resposta ao ciclone-bomba que atingiu o Sul do Brasil em junho de 2020. “Os dois nanossatélites em desenvolvimento [um no Senai e outro na UFSC] vão integrar o sistema de previsões meteorológicas, que passará a ter mais assertividade e capacidade preditiva para lidar com eventos ambientais extremos”, disse.

Os nanossatélites têm dimensões (em centímetros) de cerca de 10 x 10 X 30, e permanecem em uma órbita de 600 quilômetros do solo terrestre.

Previsões mais certeiras

Conforme Violada, o primeiro satélite deverá ser concluído em outubro e lançado no início de 2025 e estará concentrado no estabelecimento de comunicação com estações de terra.

Ele irá coletar informações que se integrarão ao atual arcabouço de dados de órgãos meteorológicos, como o Centro de Informações de Recursos Ambientais e de Hidrometeorologia de Santa Catarina (Ciram), ligado à Secretaria de Estado da Agricultura.

“O maior mix de dados vai aprimorar o sistema e permitir maior assertividade nas previsões e antecipar as ações da defesa civil”, acrescentou Violada.

O projeto não se limita a meteorologia e defesa civil. Ele se constituirá numa plataforma com aplicações em qualquer outro segmento da sociedade, permitindo agilidade na difusão de informações e tomada de decisões.

São serviços que podem ser atribuídos aos demais nanossatélites da Constelação Catarina. No total, estão previstas 13 unidades, que devem ser construídas e colocadas em órbita gradativamente.

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