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Santa Catarina pode ter La Niña entre fevereiro e abril de 2025

Nota conjunta com as atualizações mais recentes da probabilidade de ocorrência do fenômeno foi emitida

Por Redação
15/01/2025 - 09h15.Atualizada em 15/01/2025 - 09h17
La Niña se caracteriza pelo resfriamento da água na região equatorial do Oceano Pacífico e causa impactos na atmosfera - Foto: Ricardo Wolffenbüttel

Meteorologistas da Epagri/Ciram e da Secretaria de Estado da Proteção e Defesa Civil (SDC) emitiram nota conjunta com as atualizações mais recentes da probabilidade de ocorrência de La Niña.

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O fenômeno se caracteriza pelo resfriamento da água na região equatorial do Oceano Pacífico e causa impactos na atmosfera, o que pode provocar “chuvas irregulares e tendência de acumulados próximos e até abaixo da média, em especial no Grande Oeste catarinense”, detalha a nota. 

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Na avaliação das duas entidades, tudo indica que o La Niña será de fraca intensidade e curta duração. “Embora os impactos tradicionais do La Niña sejam menos prováveis, ainda são esperadas influências nas condições climáticas no decorrer do verão e início do outono”, alertam os meteorologistas. 

Impactos na agricultura

A condição de estiagem leve, que se observa no Oeste de Santa Catarina desde o final de dezembro, pode prejudicar o desenvolvimento adequado da soja de segunda safra na região.

É o que afirma Haroldo Tavares Elias, analista de socioeconomia da Epagri/Cepa. Ele relata que as lavouras já estabelecidas para a segunda safra do grão enfrentam déficit hídrico. 

Haroldo recomenda que os agricultores permaneçam atentos à previsão do tempo, especialmente no que se refere à probabilidade de chuva para os próximos 15 dias.

Assim, eles podem buscar o melhor cenário para dar continuidade à semeadura da soja, que fica extremamente condicionada à umidade no solo.

“Ainda estamos dentro da janela ideal de semeadura, que, em decorrência da falta de chuva, pode sofrer atraso e reduzir o potencial produtivo da cultura”, afirma o analista da Epagri/Cepa.  

Já a cultura do milho, que segundo Haroldo que está praticamente definida, sofreu pouco impacto com a leve estiagem. “As primeiras colheitas indicam produtividade satisfatória e uma produção dentro da normalidade”, afirma.

Sobre o La Niña

A nota conjunta da Epagri/Ciram e SDC destaca que o resfriamento na região equatorial do Oceano Pacífico vem sendo observado desde julho. Entretanto, nas últimas semanas de dezembro este resfriamento foi intensificado e ocorreu uma queda abrupta das temperaturas. 

De acordo com o monitoramento da Administração Oceânica e Atmosférica Nacional dos EUA (NOAA), as anomalias de temperatura registraram valores 0,7°C abaixo da média.

Para que o La Niña se concretize, é necessário que este resfriamento se mantenha abaixo do limiar de -0,5°C, o que já foi atingido. No entanto, é preciso que estas temperaturas mais baixas se mantenham nos próximos meses.

Os modelos climáticos sugerem que esta condição persista entre fevereiro e abril, com o retorno da normalidade logo em seguida. Contudo, não há consenso entre os modelos sobre a permanência das temperaturas baixas por esse período, e a condição pode não atingir o limiar necessário.

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