O corpo de um morador de rua carbonizado foi localizado dentro do carro do empresário
Um empresário de São Cristóvão do Sul foi preso na última sexta-feira, 28 de fevereiro, suspeito de forjar a própria morte. Seu nome não foi divulgado pela Polícia Civil que investiga o caso.
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O homem, que já era investigado por estelionato, por não entregar placas solares que comercializava, contou com a ajuda de outro suspeito que também foi preso ontem. O carro do empresário foi encontrado no dia 15 de fevereiro incendiado com um corpo dentro.
De acordo com a delegada regional de Curitibanos, Roxane Fávero Pereira Venturi, o suspeito estava sendo procurado por fraudes e processos trabalhistas, o que o teria levado a simular a própria morte.
A Polícia Civil descobriu que antes de ficar desaparecido, cujo fato foi registrado pela família dia 13 de fevereiro, o empresário foi visto por diversas testemunhas com o comparsa na região. Também foram confirmadas compras de gasolina e álcool em postos de combustíveis pelo empresário.
Simultaneamente as investigações apuraram que um morador de rua havia desaparecido, e outras pessoas na mesma situação de vulnerabilidade confirmaram ter sido abordadas pela dupla com a proposta de entrarem no carro com a promessa de ganharem cesta básica.
A vítima encontrada carbonizada na caminhonete do suspeito foi identificada como Vanderlei Weschenfelder, de 59 anos.
Durante as investigações, a polícia recebeu vídeos de uma suposta tortura contra o suspeito, incluindo a amputação de parte de seu dedo.
Na mesma noite da divulgação das imagens, uma garrafa pet foi arremessada na casa da namorada do até então desaparecido. Dentro dela, estavam um pedaço de dedo e dois dentes, o que levantou ainda mais dúvidas sobre a identidade do corpo carbonizado.
O comparsa possuí um histórico criminal extenso, incluindo diversas condenações por homicídio.
Os suspeitos foram localizados em Navegantes onde a polícia deu cumprimento a dois mandados de prisão contra a dupla. O empresário e o segundo homem foram encaminhados ao presídio de Lages.