A denúncia aponta que o filho do prefeito foi a peça central do esquema
Prefeito Valdir Fontanella é um dos acusados - Foto: Divulgação O Ministério Público Eleitoral denunciou o prefeito de Lauro Müller, Valdir Fontanella (Progressistas), o vice-prefeito, Acione Andrade Izidoro (PL), e outras 14 pessoas por supostamente formarem uma organização criminosa para cometer crimes eleitorais nas eleições de 2024.
:: Quer receber gratuitamente notícias por WhatsApp? Acesse aqui
A acusação é de associação criminosa e corrupção eleitoral, por oferecer dinheiro, bens e outras vantagens indevidas em troca de votos.
O grupo é acusado de comprar votos de, no mínimo, oito eleitores com cestas básicas, dinheiro em espécie (incluindo transferências via Pix), combustível, telhas, gás, pagamento de tratamentos médicos e promessas de emprego e viagens.
A denúncia aponta que o filho do prefeito foi a peça central do esquema, coordenando as ações e autorizando pagamentos. O prefeito e o vice-prefeito também teriam participado das decisões.
A investigação se baseia, em parte, na apreensão do celular de um dos suspeitos, que continha mensagens que, segundo o MP, comprovam a existência da organização.
Um dos episódios citados é o flagrante de um dos denunciados transportando cinco cestas básicas para a compra de votos, no dia 9 de setembro de 2024.
A denúncia ainda não foi aceita pela Justiça Eleitoral. Caso seja recebida, os acusados se tornarão réus. O MP informou que irá propor acordos de não persecução penal para os oito eleitores que supostamente receberam os benefícios. A prefeitura informou que não irá comentar o caso.