A proposta aprovada nesta semana, prevê que a urna eletrônica imprima um registro de cada voto
Senador Esperidião Amin - Foto: Waldemir Barreto/Agência Senado/Divulgação A Comissão de Constituição e Justiça do Senado (CCJ) aprovou por 14 votos a 12 o novo texto do Código Eleitoral, que inclui a adoção do voto impresso nas urnas eletrônicas.
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A medida, aprovada na última quarta-feira, 20 de agosto, apoiada por partidos de oposição e pelo ex-presidente Jair Bolsonaro, segue agora para votação no plenário do Senado. A proposta prevê que a urna eletrônica imprima um registro de cada voto, que será depositado em uma urna separada para fins de auditoria.
O senador Esperidião Amin (Progressistas-SC), autor da emenda, espera que a regra já esteja em vigor nas eleições de 2026. Para isso, o projeto precisa ser aprovado no Senado e, em seguida, na Câmara dos Deputados.
Segundo o parlamentar, a proposta é baseada em uma análise da Polícia Federal (PF) de 2018, que recomenda o voto impresso para auditoria, citando possíveis vulnerabilidades nos sistemas eletrônicos.
Ele também garante que a mudança não compromete o sigilo do voto, já que a impressão seria usada apenas para fiscalização. Apesar da aprovação, o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) não se pronunciou sobre os custos da adaptação das urnas.
A implementação do voto impresso já foi rejeitada duas vezes pelo Supremo Tribunal Federal (STF), em 2013 e 2020, sob a justificativa de que o mecanismo violava o sigilo do voto.