Publicitário de 65 anos foi condenado a 28 anos pelo caso em 2018 e agora estava em regime semiaberto
Suspeito foi descrito pela Polícia Civil como um O publicitário de 65 anos preso por suspeita de deixar uma mala na rodoviária de Porto Alegre com parte do corpo de uma mulher havia matado a própria mãe e concretado o corpo dela no armário de um apartamento na capital gaúcha, em 2015.
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Ele foi condenado a 28 anos pelo caso em 2018, conseguiu progressão para o regime semiaberto no ano passado, mas atualmente estava foragido.
O primeiro caso levantou suspeitas após a mãe do suspeito, de 76 anos, desaparecer no dia 10 de maio de 2015, no Dia das Mães. Parentes desconfiavam da conduta do publicitário, que estava desempregado e começou a aparecer com bens.
Uma busca no apartamento encontrou o corpo da idosa dentro de um armário, com a porta concretada. A perícia indicou que a idosa recebeu 13 golpes, a maior parte na região do pescoço e na cabeça.
De acordo com a acusação do Ministério Público do Rio Grande do Sul (MP-RS), Jardim matou a mãe para ficar com R$ 400 mil de um seguro de vida do pai, que morrera em dezembro de 2014.
No processo, em 2018, ele alegou que a mãe havia cometido suicídio com facadas, após uma discussão entre os dois. Ele foi condenado por homicídio duplamente qualificado (motivo torpe e meio cruel), ocultação de cadáver e posse de arma.
Homem foi preso por deixar mala com corpo em rodoviária
O publicitário foi preso na noite da última quinta-feira, 04 de setembro, em uma pousada na Zona Norte de Porto Alegre, após ser identificado a partir de imagens de câmeras de segurança.
As provas obtidas pela polícia apontam que foi ele quem cometeu o assassinato da vítima, que era namorada dele, razão pela qual o caso é tratado como feminicídio.
Segundo o delegado Mario Souza, o homem é “é extremamente educado, frio e aparentemente muito inteligente”. Ele foi descrito pela Polícia Civil como um “psicopata”.
Em relação à motivação, ele teria cometido o crime “com a intenção de afrontar a sociedade”, conforme o delegado:
Polícia acredita em “terceiro ato” com crânio da mulher
O tronco da mulher foi deixado na rodoviária no dia 20 de agosto. Uma semana antes, os braços e as pernas da mesma mulher foram encontrados em sacolas de lixo na Zona Leste de Porto Alegre. O Instituto-Geral de Perícias (IGP) fez a confirmação via teste de DNA.
Segundo a Polícia Civil, as ações foram pensadas para ocorrer com sete dias de diferença entre uma e outra.
"Primeiro, em um lugar ermo. Depois, em um dos lugares mais movimentados do estado", diz o delegado Souza.
Agora, a polícia acredita que havia a possibilidade de um terceiro ato, dessa vez envolvendo o crânio da vítima, que ainda não foi localizado.