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O custo do transporte da indústria catarinense passou de R$ 0,04 por real faturado em 2017 para R$ 0,07 por real faturado em 2022, revela estudo realizado pela Federação das Indústrias (Fiesc) e pela UFSC, e divulgado nesta terça-feira, 09 de maio.
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“Houve uma elevação de 75% no custo de transporte, ocasionado, principalmente, pela precariedade da malha rodoviária catarinense”, afirma o presidente da Fiesc, Mario Cezar de Aguiar. Essa é a terceira edição do estudo que avaliou 13 setores da indústria catarinense.
A análise mostra ainda que o custo logístico total da indústria catarinense, considerando os componentes transporte, estoque e armazenagem, passou de R$ 0,14 por real faturado em 2017 para R$ 0,11 por real faturado na pesquisa atual.
O aumento da eficiência da indústria no gerenciamento de estoques explica a redução global do custo, o que levou a uma queda de 75% neste quesito, que passou de R$ 0,08 em 2017 para R$ 0,02 em 2022. Já a armazenagem passou de R$ 0,01 em 2017 para R$ 0,02 em 2022.
“A indústria vem fazendo o dever de casa e investindo na melhoria interna da gestão de estoques. Contudo, a parcela que mais pesa na composição total dos custos logísticos é o transporte, que representa 63,6% do total”, afirma Aguiar.
O presidente da Fiesc ressalta que o estudo reforça a realidade demonstrada ao longo dos anos pela entidade sobre a precariedade da infraestrutura, principalmente das rodovias, que representam 69% da matriz de transporte catarinense.
“É necessário um movimento em prol de recursos e na busca por uma gestão eficiente para dar andamento às obras de duplicação e de restauração e recuperação da malha rodoviária catarinense”, propõe.
A pesquisa indica, ainda, que a redução de 1 centavo no custo logístico catarinense representaria uma economia de cerca de R$ 4 bilhões por ano, considerando o PIB do estado, estimado em R$ 400 bilhões (dados de 2021).
A Fiesc defende que seja priorizada a destinação de emendas dos parlamentares federais catarinenses, a partir de 2024, para conclusão das obras das BRs 470, 280, 163 e 285.
E também que seja firmado um pacto entre o Poder Executivo federal e o Fórum Parlamentar Catarinense, que permita ter previsibilidade e segurança nos investimentos.
É necessário, ainda, dotar um valor factível na Lei Orçamentária Anual (LOA) e mobilizar o executivo federal e os parlamentares (emendas), com compromisso de garantia dos recursos a partir de 2024.
O pacto propõe, ainda, foco na gestão, sob coordenação do DNIT (SC), com a realização de um cronograma com execução de acordo com o previsto e a capacidade, evitando as paralisações de obras.