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Os 100 primeiros dias do governo Jorginho Mello (PL) em Santa Catarina, completados nesta segunda-feira, 10 de abril, foram marcados por estudos sobre as contas públicas, anúncios de aperto de cinto e mudanças na estrutura do Estado.
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Na avaliação do governo, a revisão das contas e a possibilidade de economia de até R$ 2,2 bilhões com recente ajuste fiscal estão entre as principais marcas do trabalho até o momento.
O período inicial de governo teve ao menos dois levantamentos que conduziram a um discurso sobre corte de despesas e controle das contas no novo governo.
Após críticas a aumento de gastos e de salários de servidores na gestão Moisés (Republicanos), a Secretaria da Fazenda de SC apresentou na última semana um plano de ajuste fiscal que busca atrair novos recursos e reduzir o déficit de R$ 2,8 bilhões apresentado no fim de janeiro.
Em coletivas, o próprio governador utilizou a analogia do aperto de cinto ao falar sobre a situação das finanças do Estado.
O aspecto político também exigiu esforços ao governo Jorginho. Além de fazer a reforma administrativa, que criou e modificou secretarias, a gestão também precisou dialogar com partidos interessados em entrar no governo. As negociações mais demoradas foram com Progressistas e MDB.
Após longos impasses em que as legendas pediam mais espaços no poder, os partidos entraram no governo no fim de fevereiro. O deputado estadual Jerry Comper (MDB) assumiu a Secretaria de Infraestrutura e o ex-presidente da Alesc, Silvio Dreveck (PP), tomou posse na recém-criada Secretaria de Indústria e Comércio.
Mesmo com essas definições, o governo ainda tem espaços abertos. A Secretaria de Segurança Pública e a de Meio Ambiente e Economia Verde, por exemplo, permanecem sem nomes indicados após 100 dias de governo.
Mudanças na estrutura de governo foram comuns também no início de outras gestões. No governo Moisés, uma reforma administrativa e a extinção das então Agências de Desenvolvimento Regional (ADRs) foram mudanças tomadas nos 100 primeiros dias, em 2019.
Entre as promessas do plano de governo de Jorginho, algumas como a criação de um Pronampe estadual e a criação de uma secretaria executiva de políticas para idosos não apareceram entre as ações dos primeiros 100 dias.
Mutirão de cirurgias e Universidade Gratuita
Com problemas identificados nas contas do Estado, as atenções se voltaram a um grupo de promessas de campanha feitas pelo governador. Uma delas foi anunciada ainda em fevereiro. O mutirão de cirurgias eletivas começou a funcionar com a meta de zerar em seis meses a fila de espera por procedimentos, que passava de 100 mil pessoas no início do ano.
Segundo o governo, até a última semana o programa já teve 22,5 mil cirurgias efetuadas em todo o Estado.
Fonte: NSC Total